Ótimos motivos para emagrecer e melhorar sua saúde: a crise da obesidade
- Gabriel Costa
- 9 de nov. de 2015
- 3 min de leitura

Se você está acima do peso e está querendo melhorar sua saúde, atingir a recomendação de peso por idade e altura deve ser um dos seus focos principais. O excesso de peso é maléfico para a saúde, podendo levar ao desenvolvimento de doenças, como diabetes, doenças cardiovasculares e até problemas na coluna. O peso adequado ainda ajuda no sentimento de disposição diária, melhora da auto-estima, e muitas outras coisas. Portanto, procure sempre dar o seu melhor para atingir o peso adequado. Cada corpo é um, e responde de uma maneira. Não fique muito atento aos padrões de beleza ditados hoje em dia, se preocupe mais em melhorar sua saúde e o seu bem estar!
A crise da obesidade e alguns de seus riscos:
Um estudo recente e enorme da Journal of The American Medical Association que avaliou a literatura no assunto, apontou a relação do excesso de peso com o aumento da mortalidade por todos os riscos de causa! Outro estudo da American College of Physicians também relacionou o excesso de peso com o aumento da probabilidade de desenvolver doenças metabólicas, entre elas a diabetes

*Foto retirada do site GBD Compare do Institute for Health Metrics and Evaluation -- http://ihmeuw.org/3pjj
O mapa acima mostra uma porcentagem global, de acordo com cada país, da morte por doenças cardiovasculares. Ele foi retirado de um site chamado GBD Compare do Institute for Health Metrics and Evaluation, que compara diversos parâmetros de saúde por regiões. Apesar das doenças cardiovasculares serem multifatoriais, o excesso de peso, o colesterol alto e sobretudo a inflamação causada por uma dieta inadequada durante longos períodos de tempo, são fatores de alto risco para o seu desenvolvimento.

*Foto retirada do site da World Obesity Federation e da OMS -- http://www.worldobesity.org/
Este outro mapa da OMS e da Organização Mundial da Obesidade evidencia a prevalência de excesso de peso de acordo com cada país. Parece-me que ele não é tão diferente do outro mapa, e geralmente regiões com excesso de peso tem altas tendências a desenvolver doenças cardiovasculares. Conclusões: As mudanças no nosso consumo alimentar atuais estão modificando completamente a composição corporal de toda a população, principalmente nos países em desenvolvimento. O alto consumo de açúcares simples e gorduras trans associadas com o consumo de alimentos ultraprocessados, causadas principalmente pelo fenômeno também atual da falta de tempo para preparo dos alimentos e prática de atividades físicas estão ocasionando dificuldade para emagrecer e piora de saúde nas populações.
Diversos estudos epidemiológicos e de saúde pública tem indicado essa tendência atual das populações. Há um livro muito bacana, disponível gratuitamente no site da FIOCRUZ, que relata alguns desses comportamentos atuais, seu nome é Antropologia e Nutrição: um diálogo possível. Um artigo que o revisou se encontra nas sessão de referências dessa matéria. Ainda, mais recentemente, uma notícia recente que saiu no jornal americano The Atlantic, relatou cientistas que estão realizando pesquisas a respeito da capacidade viciante desses tipos de alimentos ultraprocessados com altos teores de açúcares simples e gorduras. Os cientistas ainda vão mais além na notícia, e afirmam que esses tipos de alimentos podem estar atuando de forma similar à drogas psicoativas no cérebro de ratos. O nome da matéria por sinal é How Oreos Work Like Cocaine. Um pouco assustador, não acha?

A crise da obesidade é realmente alarmante. Crianças e adolescentes estão cada vez mais obesas, por influência de diversos fatores atuais da sociedade que levam a isso, e crianças obesas tendem a se tornar adultos obesos. Porém, pais que têm bons hábitos alimentares conseguem influenciar positivamente seus filhos, pessoas com histórias de sucesso de emagrecimento conseguem influenciar positivamente seus próximos. O combate a essa crise é importante não só para você, acredite.
REFERÊNCIAS
Association of all-cause mortality with overweight and obesity using standard body mass index categories: a systematic review and meta-analysis. Flegal KM, Kit BK, Orpana H, Graubard BI - JAMA - January 2, 2013; 309 (1); 71-82 Are metabolically healthy overweight and obesity benign conditions?: A systematic review and meta-analysis. Kramer CK, Zinman B, Retnakaran R - Ann. Intern. Med. - December 3, 2013; 159 (11); 758-69 Swinburn BA, Sacks G, Hall KD, et al: The global obesity pandemic: shaped by global drivers and local environments. Lancet 2011; 378: pp. 804-814 Lobstein T, Baur L, and Uauy R: Obesity in children and young people: a crisis in public health. Obes Rev 2004; 5: pp. 4-104 Serdula MK, Ivery D, Coates RJ, Freedman DS, Williamson DF, and Byers T: Do obese children become obese adults? A review of the literature. Prev Med 1993; 22: pp. 167-177 CANESQUI, Ana Maria. Antropologia e alimentação. Rev. Saúde Pública, São Paulo , v. 22, n. 3, p. 207-216, June 1988 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101988000300007&lng=en&nrm=iso>. access on 10 Nov. 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89101988000300007. LEITE, Maurício Soares. Antropologia e nutrição: um diálogo possível. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 22, n. 8, p. 1761-1762, Aug. 2006 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2006000800026&lng=en&nrm=iso>. access on 10 Nov. 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2006000800026.
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